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Viajar porque sim

Paixão por viagens, escrita e fotografia

Ter | 13.10.20

O sabor do Gerês em Terras de Bouro

 

Agora que chegou o Outono, a paz voltou ao Gerês. Não há melhor altura do que esta para apreciar verdadeiramente tudo o que esta maravilhosa região do nosso país nos oferece: a diversidade das paisagens, as cores das árvores, as águas que brotam de todos os recantos e irrompem pelas fragas, saltando e murmurando, chamando por nós. E é também a altura certa para partir à descoberta de sabores tradicionais da nossa riquíssima gastronomia, de segredos passados de geração em geração, que nos chegam por mãos habilidosas que os preservam e às vezes fundem com outros sabores e ingredientes mais recentes, ou mais cosmopolitas, o resultado sendo invariavelmente a satisfação de quem prova estas delícias.

 

É claro que os quase 70 mil hectares de área do Parque Nacional da Peneda-Gerês não se vêem numa única visita. Existem cinco portas de entrada no Parque, cada uma num município diferente, e cada uma a abrir-nos perspectivas para um microcosmos especial – o Parque é só um, mas as vivências que pode proporcionar-nos são diversas. Desta vez vamos vaguear por Terras de Bouro, aquelas onde encontramos muitos dos maiores ícones do Gerês mas que, apesar de toda a fama de que desfrutam, guardam segredos com que nos surpreendem em cada visita.

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A vila de Terras de Bouro, sede do município, é pequena, arrumadinha e essencialmente moderna. Da aldeia que em tempos terá sido sobram alguns vestígios no Largo do Município, com os seus edifícios em pedra de granito, a Capela de São Brás (já referida num documento do século XVII) e o fontanário de aspecto simples.

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E é aqui quase ao lado, mais precisamente na localidade de Cavacadouro, onde se situa a Quinta da Portela, que podemos conhecer (e comer!) o Cozido à Terras de Bouro preparado pelo catering da Pensão Rio Homem. Localmente conhecido por “cozido de feijão com couves”, desengane-se quem julgar que é mais um qualquer cozido à portuguesa, pois há vários preceitos a serem seguidos para confeccionar este prato tradicional da gastronomia de montanha. Primeiro que tudo, as carnes têm de ser de porco e fumadas, pois é este pormenor que vai dar ao cozido o seu sabor peculiar. A couve é galega, traçada e cozinhada em conjunto com a carne e os enchidos – e se for num dos potes típicos da região, melhor ainda. Já o feijão terá de ser amarelo e cozido em separado, pois só na travessa é que irá juntar-se aos outros ingredientes. Depois, é só sentar à mesa e acompanhar o repasto com um bom vinho verde tinto, obrigatoriamente bebido em taça de louça. Nunca fui particularmente apreciadora deste tipo de vinho, mas provei o da Adega do Cavacadouro e fiquei rendida – é excelente, e liga que é uma maravilha com o Cozido à Terras de Bouro.

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Mas é claro que refeição que se preze não pode ficar por aqui. No capítulo das sobremesas, as Terras de Bouro também não deixam os créditos por mãos alheias. A aletria doce será provavelmente a mais popular, e é uma das minhas preferidas (sobretudo se for feita com água em vez de leite), mas também aconselho os formigos à moda do Minho, um doce feito com pão, mel e vinho do Porto, entre outros ingredientes.

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A meia dúzia de quilómetros de Terras de Bouro, Souto é outra daquelas aldeias com muito mais anos de história do que habitantes. Sabe-se que o Couto de Souto já existia no tempo de D. Afonso III, que foi extinto em 1836, e que dele restam apenas alguns vestígios edificados. A aldeia está bem cuidada e, como é hoje em dia normal, tem casas de pedra recuperadas à mistura com outras mais modernas. A igreja paroquial, toda em granito e com características barrocas, impressiona tanto pela sua dimensão relativa, como pela profusão de pináculos e cruzes que a ornamentam e rodeiam. Uma destas cruzes de pedra, nitidamente mais antiga do que as outras, está ornamentada com gravações, e chama sobretudo a atenção por nela estar toscamente representada uma expressiva pietà, de formas estilizadas e absolutamente naïf.

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Na visita a esta aldeia há também motivo para contentar o estômago: chama-se “O Vaticano” e é um templo da boa comida. Começou há 27 anos como café, depois foi ampliado e transformado em restaurante, mantendo-se sempre na posse da mesma família. Actualmente, além do Sr. Vítor Simões, dono e cozinheiro, e da mulher, também ali trabalham as três filhas e os genros do casal – e todos esbanjam simpatia, a somar à “mão” para a cozinha. A refeição tem obrigatoriamente de começar com algumas das muitas entradas que nos põem à disposição: enchidos de todas as espécies, saladinhas de polvo com feijão-frade ou de bacalhau, grão e ovo de codorniz, as tradicionais migas com broa e grelos e os rojões com sangue frito, inovações como os figos recheados com creme de marisco (maravilhosos!) ou as espetadinhas de frutos secos… e não fixei da missa a metade, pois são tantas que só com elas eu já ficaria satisfeita.

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Mas há ainda que experimentar o típico Cabritinho Assado da Serra do Gerês, que aqui é divinal. E olhem que para eu aplicar este adjectivo a um prato de cabrito não é fácil, porque sou daquelas pessoas que não aprecia o peculiar sabor forte desta carne. Só que a forma como o cozinham neste restaurante não tem a nada a ver com o que habitualmente encontramos por aí: fica absolutamente delicioso, e servem-no acompanhado com batatas assadas, castanhas, grelos e arroz de miúdos.

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Outra sobremesa tradicional das nossas mesas são as rabanadas, que n’O Vaticano são preparadas de maneira a desfazerem-se na boca – quase como se fossem um creme – e servidas com gelado, morangos e chantilly. Uma coisa do outro mundo…

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Depois de tanta comida, faz falta apanhar ar fresco. Vamos em busca das paisagens amplas do Gerês, e para isso há que subir a um dos seus muitos miradouros. O Santuário do Bom Jesus das Mós é o sítio certo. Construído no início do século XX, é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e palco de romarias regulares. Na subida até ao monumento chama-nos a atenção uma via sacra moderna, as suas estações decoradas com figuras estilizadas e coloridas. Situado no Monte das Mós, com a Serra Amarela de um lado e a do Gerês do outro, do miradouro onde está assente a estátua – uma torre de pedra com vários níveis e balcões limitados por varandins de ferro forjado – é-nos oferecida uma vista de 360 graus sobre a serrania, os seus picos mais agrestes e as aldeias que por ela se espalham. Um lugar excepcional de contemplação tanto para os fiéis como para quem simplesmente gosta de admirar paisagens que enchem os olhos e o coração.

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É em Campo do Gerês que encontramos a Porta do Parque Nacional dedicada à “História e Civilizações” da região. Além do espaço de recepção e divulgação de informações sobre o Parque, o edifício aloja o Museu da Geira (dedicado à estrada romana que ligava Bracara Augusta, a nossa Braga, a Asturica Augusta, localidade espanhola que hoje dá pelo nome de Astorga) e o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, onde se preserva de forma exemplar a memória da aldeia que em 1971 foi submersa pela barragem que tem o seu nome. Aqui encontramos fotografias, descrições, recriações e objectos que nos contam pormenores da vida comunitária da aldeia, da sua organização e dos ofícios e ocupações dos seus habitantes – uma viagem até um tempo não muito longínquo em número de anos, mas que ao visitar o Museu dá a sensação de fazer parte de uma outra era. São estes lugares que nos permitem perceber como o nosso país e a nossa sociedade têm vindo a evoluir de forma tão acelerada e (espero eu!) irreversível, ao mesmo tempo que nos dão raízes para não perdermos a nossa identidade cultural. E viajar é também uma forma de conhecermos melhor a nossa História e as nossas especificidades e diversidade enquanto povo.

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Talvez estranhem estar a referir-me à aldeia pelo nome de Vilarinho da Furna em vez de “das Furnas”, como é habitualmente nomeada. De facto, a designação Vilarinho da Furna será a mais antiga e terá sido a mais utilizada ao longo dos tempos, inclusive pelos habitantes da aldeia e os seus actuais descendentes, o que se compreende pelo facto de “furna” significar cavidade ou caverna, e a aldeia se encontrar localizada numa “cova” formada pelas serras Amarela e do Gerês, como hoje ainda é perfeitamente visível. O topónimo Vilarinho das Furnas parece ter-se popularizado sobretudo depois de a aldeia ter ficado submersa, e em grande parte devido a um filme realizado por António Campos em 1971, que o usou como título.

 

Depois de visitar o Museu é obrigatório ir conhecer ao vivo a paisagem que ocupa agora o lugar da aldeia desaparecida, cujas pedras só se mostram quando a água desce para níveis muito baixos. Represado pelo gigantesco arco de betão da barragem, o rio Homem torna-se um lago pacífico, rodeado de montanhas e sem nada mais à vista que alguns carros de visitantes e as pessoas que eles transportam. O local é profundamente isolado, e lembro-me bem de que da primeira vez que aqui estive, no início de um mês de Dezembro de há bastantes anos, andámos horas sem ver vivalma. Hoje isso já não me parece possível, mas a sensação de isolamento permanece.

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Pela margem do rio espraia-se aquele que é um dos lugares mais bonitos do Gerês: a Mata de Albergaria. Visita-se a pé, ou então atravessa-se de carro sem parar, porque o estacionamento é proibido. Depois seguimos para a vila das Termas do Gerês, parando no caminho (onde for possível…) para espreitar a cascata da Portela do Homem ou a de Leonte. Encaixada num estreito vale rodeado de encostas maciçamente arborizadas, onde apenas algumas casas espreitam entre o verde intenso, a vila é um local excelente para servir como “base” de visita a esta zona do Gerês, embora na região não faltem propostas de alojamento de todos os tipos e para todos os gostos. E faço aqui um parêntesis para sublinhar a campanha de sensibilização que tem sido feita pelas autoridades locais em relação ao novo coronavírus e as precauções de higiene e distanciamento social, adoptadas em todos os espaços e instalações que visitei recentemente na região, para evitar a propagação da Covid-19. O medo do contágio é uma das razões que leva muitas pessoas a não quererem viajar, nem sequer dentro do nosso país, mas a verdade é que estamos provavelmente muito mais sujeitos a sermos infectados no nosso dia-a-dia (porque temos tendência a “baixar a guarda”) do que quando saímos do nosso ambiente habitual.

Os efeitos benéficos das águas termais do Gerês são reconhecidos desde os tempos da ocupação romana da Península Ibérica. Hoje temos antibióticos e toda uma parafernália de medicamentos, exames e tratamentos à disposição da nossa saúde, mas nos tempos em que estes recursos não existiam as pessoas tinham de socorrer-se do que a natureza lhes oferecia para aliviarem os seus males, e foi como centro termal que a vila das Termas do Gerês se desenvolveu ao longo dos séculos. Apesar de cada vez mais famosa e concorrida, a vila continua a manter o seu encanto e aquele ambiente de dolce far niente tão característico das localidades termais do século passado. Aqui a vida gira em torno da avenida principal, que desemboca no largo em frente ao edifício mais emblemático da vila, a que hoje se dá o nome de Colunata Honório de Lima e que abriga o Buvete, ou Bica, a fonte de onde se bebe a água termal. Do outro lado da estrada está o Parque das Termas, lugar de passeio na natureza para quem não quer (ou não pode) afastar-se da localidade.

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A vila das Termas do Gerês não tem igreja matriz, mas tem a Capela de Santa Eufémia, dedicada à mártir de Ourense-Braga, filha de um régulo romano que governou a região e que consta ter andado fugida por estas serranias até ter sido finalmente encontrada e morta, por professar a fé cristã.

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Ao lado da Capela, o edifício do Hotel Central-Jardim tem as suas paredes decoradas com grandes flores coloridas e joaninhas, de um lado, e girassóis e hortênsias do outro. Mas é no interior deste hotel centenário que se fabricam e são vendidos, em exclusividade, os bolos mais genuínos do Gerês: os pastéis de Santa Eufémia, uma delícia a que os habitués da vila não se furtam e costumam levar para oferecer aos familiares e amigos. O hotel data dos finais do século XIX e em 1966 foi comprado pela família Silva, na posse de quem se mantém até hoje. O dono, que tinha trabalhado durante muitos anos em Lisboa como pasteleiro, resolveu criar um “miminho” para oferecer aos seus clientes, ao qual deu o nome da santa padroeira da localidade. Os pastéis continuam a ser fabricados artesanalmente, estando a sua receita secreta nas mãos do cozinheiro José Maria, que trabalha no hotel há 30 anos, e agora também do seu ajudante Filipe.

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Igualmente centenário é o Hotel Universal, um edifício sem arrebiques exteriores construído no último quarto do século XIX. No seu lobby, iluminado pela luz natural que atravessa a clarabóia abaulada de vidro suspensa vários andares acima, permanece bem preservada a estrutura de ferro forjado que suporta a varanda do piso imediatamente superior. Alguns móveis Arte Nova e sofás em veludo contribuem para a atmosfera ecléctica do interior. O toque moderno é dado pelos globos brancos de iluminação que pendem a alturas diversas, e o clima tropical pela grande palmeira e profusão de plantas que despontam das varandas e se espalham pelas paredes.

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No capítulo das coisas doces, é bem afamado o mel da região, que pode ser de várias qualidades diferentes. Na encosta norte da vila das Termas do Gerês há um edifício que se destaca pelas suas linhas rectas e cor escura: é a Central Meleira do Gerês, propriedade de Miguel Martins, apicultor com umas quantas centenas de colmeias espalhadas por vários locais da serra. O mel ali produzido leva a marca “Doce Gerês” e é habitualmente de urze, de eucalipto, ou multifloral, embora possa por vezes ter outras composições. Sem interferência de produtos químicos, a extracção do mel contido nos favos recolhidos das colmeias passa primeiro pela abertura dos opérculos, que pode ser feita manualmente ou numa máquina, e depois por um processo de centrifugação e decantação, para separar a cera. O mel obtido na Central Meleira é muito puro e saborosíssimo. E já agora fiquem a saber que se o mel que têm em casa cristaliza quando o tempo fica mais frio, é decerto um bom sinal, pois isso demonstra a sua pureza.

E já que falamos de mel, vale a pena provar o Licor de Mel do Gerês criado pelo Sr. António Príncipe (actual Presidente da Junta de Freguesia de Vilar da Veiga) e certificado desde 2018. Para acompanhar este licor, a melhor escolha são mesmos os biscoitos de castanha e mel típicos da região, de seu nome Beneditinos de S. Bento, por inspiração do imponente Santuário sobranceiro à albufeira da Caniçada.

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É também no Santuário de São Bento da Porta Aberta, numa casa da Irmandade, que as monjas cistercienses de Rio Caldo cultivam, sem adubos nem pesticidas, grande parte dos produtos usados para fazerem as suas premiadas, muito procuradas e surpreendentes compotas, como por exemplo a de fisális ou a de cereja e malagueta. Também confeccionam biscoitos sem ovos nem glúten, chás, e até mesmo sabonetes e batons à base de mel. Tudo biológico e feito de forma artesanal.

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Igualmente cultivados biologicamente são os frutos e as plantas aromáticas, medicinais e condimentares da Sabores do Bosque, sedeada na aldeia de Ervedeiros e com venda online para todo o país (encontram todas as informações no final deste post). É com eles que produzem uma enorme variedade de doces, chás, licores, e outras delícias.

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Voltamos à estrada para rumar à albufeira da Caniçada, onde o rio Cávado se espraia em vários braços irregulares, unidos pelas muito fotografadas duas pontes. Mas primeiro vamos vê-la de cima no Miradouro das Voltas de São Bento, onde grandes penedos arredondados se sobrepõem uns aos outros e a vista sobre o rio e as serras é simplesmente arrebatadora.

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Na pequena península onde confluem as duas pontes que atravessam uma parte da albufeira está instalada a Marina de Rio Caldo. Este é um dos locais mais movimentados do Gerês, tanto em terra como na água, sobretudo aos fins-de-semana. O número de embarcações ancoradas extravasa em muito os lugares disponíveis na Marina, e o ruído das motas de água faz lembrar aqueles mosquitos incomodativos que não param de zumbir. Para termos uma perspectiva diferente deste Gerês, subimos a bordo do barco de recreio Rio Caldo, que faz passeios pela albufeira. Ao longo de uma hora, desfilam perante os nossos olhos cenários que parecem de outros países – podíamos sem dúvida julgar estar num lago alpino ou na costa amalfitana. Há pequenas praias nos recortes das margens e casas empoleiradas nas encostas, algumas praticamente escondidas pelas árvores. A embarcação vai deslizando sobre as águas tranquilas, a estrutura metálica da cobertura enquadra a paisagem, e é quase como se estivéssemos a ver um filme no cinema.

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Quando o tempo está bom, uma das formas de melhor usufruir da natureza é fazer um piquenique, e no Gerês temos à disposição um grande número de parques de merendas. Nesta minha mais recente visita às Terras de Bouro tive a felicidade de conhecer um dos mais bonitos e genuínos, situado junto à Fonte de Chelo. Rodeado de árvores e fetos, com o chão atapetado de folhas já secas, mesas e bancos de pedra de aspecto vetusto e meio cobertas por musgo, este lugar é um paraíso de frescura e tranquilidade. As mesas com toalhas de quadrados estavam pejadinhas de coisas boas preparadas pelo restaurante Petiscos da Bó Gusta, e até tivemos direito a um tradicional Caldo no Pote.

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Fechamos este passeio com um último olhar sobre a paisagem de Terras de Bouro a partir do seu miradouro mais famoso, o da Pedra Bela. Com a vila das Termas do Gerês mesmo por baixo e um braço do Cávado estendendo-se para a esquerda até desaparecer numa curva entre as serras cobertas por um manto verde, esta é a forma perfeita de nos despedirmos daquela que continua a ser uma das regiões mais belas e culturalmente ricas do nosso país.

 

Mas não quero terminar este post sem uma chamada de atenção e um apelo. Todos ouvimos e lemos nas notícias o caos que se gerou este ano no Gerês durante os meses de Verão: enchentes de carros e de pessoas, acidentes graves e até mortes resultantes de falta de cuidado, lixo por todos os lados – a prova de que até os lugares mais idílicos se podem tornar um pesadelo quando há falta de responsabilidade (pessoal e ambiental) e de respeito por quem e aquilo que nos rodeia. Por mais bem vindo que o turismo seja em todas as regiões do país, sobretudo nesta altura em que estamos a tentar evitar uma nova crise económica, ele só é verdadeiramente vantajoso se não acarretar mais preocupações do que benefícios. Por isso, lembrem-se de que viajar implica também respeitar a natureza e as pessoas dos lugares que visitamos, assim como acautelar a nossa saúde e segurança, e a dos outros. Viajem, sim! Viajem muito! Mas sejam responsáveis.

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Leiam também: O sabor do Gerês em Montalegre

 

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Esta recente visita ao Gerês foi feita no âmbito das Jornadas Gastronómicas Gerês-Xurês a convite do Turismo do Porto e Norte de Portugal, ao qual agradeço, e por intermédio da Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

 

Outras informações:

Quinta da Portela (Pensão Rio Homem) e Adega do Cavacadouro

Avenida Dr. Paulo Marcelino, 62, 4840-100 Terras de Bouro, Portugal

+351 253 351 136

geral@riohomem.pt

https://riohomem.pt

 

O Vaticano

Lugar da Igreja, 117, 4840-130 Terras de Bouro, Portugal

+351 253 351 492 ou +351 917 884 677

https://www.facebook.com/RestauranteVaticano

 

Porta de Campo do Gerês

Núcleo Museológico, Campo do Gerês

+351 253 351 888

museu@cm-terrasdebouro.pt

https://turismo.cm-terrasdebouro.pt/listings/porta-de-campo-do-geres/

 

Hotel Central Jardim

Avenida Manuel Francisco da Costa 141, 4845-067 Gerês, Portugal

+351 253 391 132

geral@centraljardim.com

http://www.centraljardim.com/

 

Hotel Universal

Avenida Manuel Francisco Da Costa 115, 4845-067 Gerês, Portugal

+351 253 390 220

infohoteis@ehgeres.pt

https://geres.pt/hoteluniversal/

 

Central Meleira do Gerês

Sr. Miguel Martins

+351 916 064 902

doce.geres@gmail.com

https://www.facebook.com/pages/category/Brand/Doce-Ger%C3%AAs-1304786582919920/

 

Licor de Mel do Gerês

Sr. António Príncipe

+351 966 219 234

principe-antonio@hotmail.com

licor.do.geres@gmail.com

 

Produtos Biológicos Monjas Cistercienses

Irmã Conceição

+351 917 850 936

 

Sabores do Bosque

Ervedeiros (Terras de Bouro)

+351 966 219 234 ou +351 966 368 117

info@saboresdobosque.pt

https://www.saboresdobosque.pt/

 

Embarcação Rio Caldo

Marina de Rio Caldo, Rio Caldo, Portugal

+351 253 391 792

marina@cm-terrasdebouro.pt

https://turismo.cm-terrasdebouro.pt/listings/embarcacao-rio-caldo/

 

Petiscos da Bó Gusta

Rua Augusto Sérgio Almeida Maia, 2, 4845-067 Gerês, Portugal

+351 917 054 732

https://www.facebook.com/pg/Petiscos-Da-Bó-Gusta147438922631729/about/?ref=page_internal

 

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O sabor do Gerês em Terras de Bouro

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