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Viajar porque sim

Paixão por viagens, escrita e fotografia

Qui | 19.10.17

Na ilha das Flores - parte III

 

A beleza natural da ilha das Flores é inversamente proporcional ao seu tamanho. Sendo uma das ilhas açorianas mais pequenas (apenas cerca de 140 km2) e estando a 1900 km de Portugal Continental, acaba por ser turisticamente menos divulgada do que algumas das outras ilhas, razão pela qual não é (felizmente) afectada pelo turismo de massas. Mantém-se por isso meio selvagem e ainda praticamente inalterada pela mão humana. Pertence desde 2009 à Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, precisamente pela sua natureza bem conservada, com grande abundância de floresta Laurissilva, pelos aspectos paisagísticos, geológicos, ambientais e culturais, e também pela área marinha adjacente.

 

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Sete Lagoas

 

De origem vulcânica, na caldeira de um dos seus vulcões primordiais está encerrado um conjunto de sete lagoas, todas diferentes e cada uma com características muito específicas. Alojadas no mesmo planalto, são facilmente visitáveis de carro a partir da estrada que rasga a ilha ao meio para ligar Santa Cruz das Flores à costa oeste. Mas… para as ver é preciso que não haja nevoeiro, pelo que a tarefa nem sempre se afigura fácil. Daí que o conselho do Ricardo, o nosso anfitrião, foi que as visitássemos assim que o tempo estivesse suficientemente limpo, sobretudo porque se previa um ligeiro temporal para breve.

 

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Com a sorte a continuar do meu lado, a meio da manhã do nosso segundo dia na ilha o sol começou a dar um ar da sua graça, e nem pensámos duas vezes: enfiámo-nos no carro e lá fomos nós em busca das lagoas. Quatro delas encontram-se bastante perto umas das outras: a Branca, rodeada de tufos calcários (daí a cor…); a Seca, que apenas tem água num dos cantos mas em contrapartida nos oferece toda uma paleta de tons de verde; a Comprida, de formato irregular e estrategicamente encimada por uma queda de água; e mesmo ao lado, a Negra, alojada numa cratera quase circular e cujo nome lhe advém da escuríssima tonalidade da água, que se deve à sua grande profundidade: quase 110 metros.

 

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Mais a sul, duas outras lagoas, lado a lado e apenas separadas por uma estrada, mas situadas a cotas bem diferentes: a Rasa, que fica à mesma altura da estrada (e 600 metros acima do nível do mar), e a Funda – que é a minha favorita. Desculpem-me a parcialidade, mas assim que parámos no miradouro e pus os olhos nela fiquei imediatamente cativada. A vertente que a delimita a sul está coberta de coníferas (adoro este tipo de árvores!), grupos de troncos secos emergem erectos da água, que tem um tom verde leitoso, e no lado norte há umas pequenas cascatas que a alimentam. Vieram-me à memória as imagens dos lagos canadianos rodeados de florestas – e a reminiscência não é assim tão descabida quanto isso, se pensarmos que a ilha das Flores já se encontra sobre a Placa Norte-Americana.

 

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A sétima lagoa dá pelo nome de Lagoa da Lomba. É uma das mais pequenas e a de mais fácil acesso pedestre. Mas nós não chegámos a ir visitá-la, que as horas do dia nunca chegam - infelizmente! - para ver tudo o que merece ser visto.

 

 

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