Macacos da Costa Rica
Hoje, 14 de Dezembro, é o Dia Mundial do Macaco. Esta é uma data não oficial recentemente calendarizada (apenas desde 2000), que surgiu de uma brincadeira de estudantes na Universidade de Michigan e acabou por ser aproveitada por organizações não-governamentais de defesa dos direitos dos animais para alertarem e sensibilizarem as pessoas quanto à utilização destes animais em testes médicos.
É por isso o dia ideal para vos mostrar algumas fotos destes nossos “primos muito afastados” tiradas num país que ama e preserva a sua vida selvagem, vivendo tanto quanto possível em harmonia com ela.
Se leram alguns dos meus posts de 2014, sabem que um dos países que mais gostei de visitar (provavelmente a minha viagem favorita até hoje) foi a Costa Rica. Com apenas dois terços da área de Portugal, a Costa Rica possui 5% da biodiversidade da Terra, o que a torna numa espécie de paraíso da vida selvagem.
E, claro, tem macacos: quatro espécies, pertencentes a duas famílias diferentes, dentro da classificação mais geral dos Macacos do Novo Mundo. Alguns são fáceis de encontrar, tanto nos parques nacionais como fora deles, outros nem tanto.
Deixem-me apresentar-vos.
MACACO-CAPUCHINHO DE CABEÇA BRANCA
Nome científico: Cebus capucinus (família dos Cebidae)
Estado de conservação: sem problemas
De porte médio, não chegando a pesar 4 kg, estes engraçados e inteligentes macacos têm o corpo coberto com uma pelagem escura, que adquire um tom branco-rosado à volta da face, ombros e peito, dando-lhes o aspecto característico de onde lhes vem o nome. São omnívoros, versáteis e têm habitualmente uma vida longa. Existem imensos em Manuel Antonio, dentro do parque mas também à solta nas zonas e jardins com mais vegetação.
MACACO-ESQUILO DA AMÉRICA CENTRAL
Saimiri oerstedii (família dos Cebidae)
Estado de conservação: vulnerável
São os mais pequenos destas quatro espécies, não chegando a pesar 1 Kg. Muito tímidos, não são fáceis de descobrir, e apenas avistámos um durante o nosso passeio no rio Sierpe.
MACACO-UIVADOR
Alouatta paliata (família dos Atelidae)
Estado de conservação: sem problemas
O “mono congo”, como lhe chamam em espanhol, é o segundo maior macaco da Costa Rica. Os machos são muito barulhentos, lançando chamamentos ruidosos principalmente ao nascer e pôr do sol, que podem ser ouvidos por vezes a vários quilómetros de distância. São vistos com frequência um pouco por todo o lado
MACACO-ARANHA DE GEOFFROY
Ateles geoffroyi (família dos Atelidae)
Estado de conservação: em perigo
(foto de Steven G. Johnson - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4370037)
É um dos primatas mais sensíveis à alteração do seu habitat, e por isso mesmo a espécie que existe actualmente em menor número no país. Foi o único que não vimos durante toda a viagem. O “mono colorado” é o maior dos macacos presentes na Costa Rica, com mais de 8 kg de peso médio para os machos, e um pouco menos para as fêmeas. Têm membros compridos e finos e uma cauda longa e preênsil.
Com todo o respeito e mérito que os jardins zoológicos merecem, sobretudo no que toca à procriação e preservação das espécies, nada se compara a ver animais em liberdade. Não concordam?
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