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Viajar porque sim

Paixão por viagens, escrita e fotografia

Ter | 15.12.20

Diário de uma viagem à Islândia V

Na Norðurland Vestra (Região Noroeste)

 

Os Westfjords merecem à vontade mais do que dois dias de visita, mas o tempo de férias é sempre escasso e a Islândia tem muito para ver. Queríamos continuar a conhecer a região noroeste da ilha e explorar uma parte da Arctic Coast Way – um percurso turístico de 900 km oficializado em 2019, que contorna toda a costa norte da Islândia entre Hvammstangi e Bakkafjörður e é uma alternativa mais cénica, apesar de mais demorada, à Ring Road.

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Dia 5

 

Tínhamos pela frente um dos dias mais compridos da viagem, com 500 km para percorrer até Hófsós. Mais de metade iam ser consumidos a voltar pelo mesmo caminho que nos tinha levado a Tálknafjörđur, por isso o resto da manhã ia ser quase todo passado dentro do carro. Saímos do apartamento com o sol a brilhar e uns “simpáticos” 10°C de temperatura, mas o bom tempo não durou muito: ao fim de hora e meia já chovia. Parece incrível como nesta ilha, aparentemente tão homogénea, as condições meteorológicas mudam tanto em apenas poucos quilómetros de distância.

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Gosto muito de viajar de carro, mas aqueles dias em que a maior parte das horas são passadas na estrada tornam-se cansativos, e todas as distracções são bem vindas. Na Islândia, estas distracções surgem frequentemente na forma de animais de quatro patas com pêlo farfalhudo e uma tendência para acharem que as estradas são só delas – mesmo quando estamos perto de localidades. Ainda assim, é impossível levá-las a mal, pois afinal nós é que somos os forasteiros… Tal como as renas, os cavalos, as vacas e outros animais domésticos, as ovelhas vieram para a Islândia com os primeiros colonos nórdicos, e foram (ainda são!) essenciais para a sobrevivência humana na ilha. A título de curiosidade, saibam que o único mamífero terrestre autóctone da Islândia é a raposa do Árctico; todas as outras espécies que aqui existem actualmente foram trazidas pelos colonos quando começaram a povoar a ilha.

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É tradição antiga na Islândia que os trabalhadores que constroem uma estrada criem um monumento quanto terminam um troço particularmente difícil. Na Estrada 62, entre Patreksfjörður e Barðaströnd, um destes desafios foi a construção do desfiladeiro de Kleifaheiði. Terminado em 1947, veio melhorar consideravelmente as comunicações nos Westfjords. No seu ponto mais alto, 404 metros acima do nível do mar, encontramos hoje o Kleifabui (“habitante do Kleif”), também chamado de Kleifakarlinn, que toma conta de quem viaja nesta estrada.

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Até Búðardalur tive o mar quase sempre do meu lado. Apesar de ser a mesma estrada que tínhamos percorrido dois dias antes, deu-me a conhecer uma paisagem diferente, muito mais cheia de azul. O humor instável da atmosfera tão depressa nos punha debaixo de chuva como deixava ver alguns pedaços de céu limpo, enquanto as nuvens lançavam cortinas de água mais ao longe, esborratando a silhueta escura dos fiordes. Definitivamente, monotonia é coisa que não existe numa viagem pela Islândia.

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Uma das sagas islandesas (as narrativas em prosa com base em factos históricos ocorridos nos primeiros séculos do povoamento da ilha, e de que já falei no post sobre a península de Snæfellsnes) conta a história de Eiríkur rauði – Erik o Vermelho, assim alcunhado pela cor do seu cabelo – um viking norueguês que se instalou na Islândia em finais do século X. Erik é sobretudo famoso por ter sido o pai de Leifur heppni (Leif o Sortudo), presumivelmente nascido em 980. Leif foi o primeiro europeu a descobrir a América, no ano 1000 (à qual chamou Vinland, por ali ter encontrado vinhas), embora os créditos desta descoberta tenham ficado para Colombo, quase cinco séculos mais tarde. Erik terá entretanto saído da ilha, cruzado o mar para oeste e encontrado uma terra a que chamou Greenland (Gronelândia), onde ficou durante três anos e para onde conseguiu que, em 985, várias outras famílias se mudassem. Até hoje subsiste o mistério da razão pela qual a Gronelândia, que está maioritariamente coberta de gelo, tem o nome de “terra verde”, enquanto à Islândia, que é muito menos branca e mais verde, chamam “terra de gelo”. Uma das explicações possíveis poderá ser a mudança climática ao longo dos séculos, que terá arrefecido a Gronelândia, tornando-a mais gelada, e reduzido o gelo na Islândia, que é por isso agora mais verdejante. A outra hipótese baseia-se numa espécie de estratégia de marketing: para afastarem eventuais invasores, os colonos chamaram “terra de gelo” à Islândia, esperando assim torná-la menos apelativa; por outro lado, à Gronelândia terá sido dado o nome de “terra verde” para a tornar mais apetecível aos potenciais colonos, não havendo grande perigo de que, por ser tão gelada, fosse propensa às invasões.

203 Diário Islândia - Eiríksstaðir

Ao pé das ruínas da casa onde nasceu Leifur Eiríksson foi construída a réplica de uma possível casa comunitária típica dos primórdios do povoamento da Islândia. A Eiríksstaðir foi concebida de acordo com a reconstituição feita a partir da escavação arqueológica do local, que terá sido habitado até ao final do século X, e é considerada a melhor casa comunitária do género na Europa. A visita à casa é uma experiência quase imersiva. Entrámos primeiro para uma antecâmara, que nos pareceu ter funcionado ao mesmo tempo como dispensa e oficina. Depois, a porta interior foi aberta por uma guia vestida com trajes e acessórios da época viking, e sentámo-nos nos bancos-cama dispostos ao longo das paredes mais compridas da casa, entre os troncos que suportam a estrutura interior. O chão é de terra batida e ao centro, por baixo de uma panela suspensa, ardia um lume verdadeiro – muito bem vindo depois do tempo que tínhamos estado à espera no exterior (as visitas são em pequenos grupos) – como era habitual nestas casas onde costumavam viver cerca de 20 pessoas (e por vezes mais!...). A guia contou-nos um pouco da história e dos costumes dos antigos habitantes. Toda a vida familiar se desenrolava naquele espaço acanhado, e não havia qualquer tipo de privacidade. As pessoas dormiam sentadas, para não sufocarem com o fumo do lume que ardia permanentemente; tapavam-se com peles de ovelha, e os tecidos das roupas eram feitos no seu próprio tear; usavam esquis rudimentares, feitos de madeira ou de osso, para se deslocarem sobre a neve; quando o tempo o permitia, caçavam, pescavam e cultivavam os alimentos que os iriam alimentar durante os meses mais frios; e, obviamente, tinham espadas e capacetes para se defenderem de assaltantes e guerrearem sempre que fosse preciso. A título de curiosidade, ficámos a saber que contrariamente à imagem que deles temos, os capacetes dos vikings não tinham cornos – os chifres dos animais eram usados para beber ou como material para ferramentas, mas não para enfeitar capacetes.

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Da Eiríksstaðir tínhamos de seguir para leste até apanharmos a Ring Road. Google Maps em acção, uma das hipóteses era voltar para trás e depois tomar a Estrada 59, um percurso com cerca de 60 km. A outra era continuar pela estrada secundária que nos tinha levado até ali, a F586, o que encurtava a distância para menos de metade. Mesmo contando que a estrada fosse de terra batida (até ali tinha sido alcatroada), achámos que a diferença ia compensar, por isso seguimos em frente. E porque é que estou a falar disto? Apenas por um motivo: foi a pior decisão que tomámos em toda a viagem.

 

Durante uns 15 km, o trajecto ainda foi menos mau: o alcatrão terminara pouco depois da Eiríksstaðir, tal como tínhamos previsto, e mais à frente, depois de cruzar uma pequena ponte, o piso de terra batida tinha piorado substancialmente, mas nada de mais grave. Até que de repente… água! A estrada estava cortada por um ribeiro largo, cuja água se atravessava sem piedade no nosso caminho e nos ia obrigar a passar a vau, ou então a voltar para trás. Apesar de ter tracção às quatro rodas, o Dacia Duster não é propriamente um todo-o-terreno, e é relativamente baixo. Não conhecíamos a profundidade do ribeiro nem o tipo de fundo – uma pedra maior ou mais pontiaguda podia estragar o chassis e, na Islândia, mesmo os melhores seguros para carros alugados normalmente não cobrem danos causados ao atravessar rios. Foi, por isso, com o coração nas mãos que decidimos arriscar… e suspirámos de alívio quando voltámos a pisar terra seca sem nenhum percalço. Um pouco mais animados, seguimos caminho, mas a animação durou pouco. Mais à frente, outro ribeiro para cruzar, depois mais um… e depois um outro, este ainda mais complicado por ser preciso andar dentro de água durante mais de uma dezena de metros. Avançávamos a passo de caracol, pois o estradão estava cheio de pedra solta e era preciso ir devagar… Parecia que nunca mais chegávamos ao fim. O céu pesado ameaçava chuva, não havia sinais de civilização à vista e os únicos seres vivos que encontrámos foram – pois claro! – ovelhas. Depois de mais de uma hora desta tortura, em que percorremos uns míseros 25 km, a Ring Road apareceu finalmente no horizonte, qual paraíso em forma de faixa de alcatrão. Acho que nunca me senti tão feliz na vida por ver uma estrada.

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Na Norðurland Vestra (Região Noroeste) a paisagem suaviza-se. As cordilheiras montanhosas são menos dramáticas e entre elas estendem-se vastas áreas praticamente planas. É uma zona de quintas, cada uma com vários edifícios sobre o comprido, brancos e com telhados cor de tijolo, em redor dos quais pastam vacas ou cavalos. A estrada passa por Blönduós, uma das maiores localidades da região, onde se destaca uma igreja futurista, e depois acompanha uma parte do Blanda, um rio glaciar muito frequentado entre Junho e Setembro, a época da pesca do salmão. Gostei particularmente deste troço da Ring Road, mais ainda porque as nuvens já deixavam ver grandes pedaços de céu limpo e a luminosidade criava um efeito muito atractivo.

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Uma das principais características geográficas da Islândia é a quase ausência de árvores em toda a ilha. No entanto, nem sempre foi assim. Quando a ilha começou a ser povoada, cerca de 30% da sua área estava coberta de árvores, sobretudo bétulas (ou, se preferirem o termo, vidoeiros) – que são, ainda hoje, a espécie arborícola mais frequente na ilha. Como é óbvio, a madeira foi o primeiro material que os colonizadores usaram para construir as suas casas, assim como para alimentar o tão necessário lume e para uma variedade de outros fins. O uso intensivo da madeira levou à desflorestação generalizada da ilha, provocando a erosão dos solos. Em contrapartida, a turfa era um material extremamente abundante. Sendo as coberturas de turfa nas casas já usuais na Noruega, a região originária da maior parte dos povoadores da Islândia, e as suas propriedades de isolamento bem conhecidas, não tardou a que todas as casas começassem a ser construídas com este recurso natural tão fácil de encontrar. Até finais do século XIX, 87% da população da Islândia vivia em quintas, cujas habitações eram feitas de turfa. Com a movimentação das pessoas para as cidades e o aparecimento de outros materiais, este tipo de construção desapareceu, e hoje em dia a turfa apenas é esporadicamente usada em telhados, mais por questões de estética arquitectónica do que por qualquer outra razão.

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No entanto, ainda existem no país alguns exemplos destas construções antigas, que foram mantidas em bom estado de conservação até aos dias de hoje. Já depois de sairmos da Ring Road, na Estrada 75 a caminho de Sauðárkrókur, encontrámos Glaumbaer, uma destas antigas quintas com casas de turfa, que funciona como museu desde 1952. O edifício que primeiro nos chamou a atenção, por se ver bem da estrada, foi a igreja – que na verdade é o elemento mais recente do complexo, pois só foi construída em 1926. No entanto, a igreja original de Glaumbaer é mencionada nas sagas como a primeira da região, mandada construir por Snorri Þorfinnson, figura importante da cristianização da Islândia e que se crê ter sido a primeira criança de origem europeia a nascer na América (Vinland, como referi acima, actual território da Terra Nova), quando os seus pais exploravam este continente. A história desta quinta em Glaumbaer é por isso muito antiga, remontando ao século X e estendendo-se até 1947, quando o local foi declarado sítio protegido e os últimos habitantes se mudaram.

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A quinta de Glaumbaer tem 13 casas de turfa ligadas entre si, sendo que cada uma delas tinha uma função específica. As torfbaeir, como são chamadas em islandês, possuem estrutura interior de madeira revestida com pedaços de turfa, habitualmente colocados numa configuração “espinha de peixe” e em camada dupla, para melhor isolamento. A fim de evitar a humidade, a base das paredes é geralmente constituída por pedras. Por dentro, as paredes das casas de habitação estão forradas com madeira (importada ou encontrada à deriva), e o chão revestido também com madeira ou com pedra, sobretudo nas casas que pertenciam a famílias mais abastadas.

 

Os edifícios da quinta de Glaumbaer, tal como os vemos hoje, têm “idades” diferentes, o mais recente datando do último quarto do século XIX. Alguns deles mantêm-se praticamente inalterados desde o século XVIII. Visitando o interior, é possível ter uma ideia de como viviam os seus habitantes naquela época e ver uma parte da colecção do Museu do Património de Skagafjörður (Byggðasafn Skagfirðinga).

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Do complexo fazem ainda parte duas casas de madeira do século XIX, construídas no estilo dinamarquês-islandês que veio substituir as antigas casas de turfa. Uma delas, a Gilsstofa, data de 1849. Foi construída na região de Eyjafjörður e várias vezes desmantelada e reconstruída em lugares diferentes, consoante as movimentações dos seus proprietários ao longo dos anos. Em 1997 foi finalmente (será que pela última vez?) colocada ao serviço do museu em Glaumbaer, onde funciona como escritório, loja e centro de informação aos visitantes. A casa amarela tem o nome de Áshús, e também não é originária de Glaumbaer. Construída em finais do século XIX, foi trasladada de Hegranes e agora tem uma sala de chá aberta ao público e um espaço expositivo.

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Apesar de ser a maior localidade da região, Sauðárkrókur é mais uma daquelas vilas islandesas sem nada de muito relevante, excepto a paisagem que a rodeia. Tem um porto de pesca e as casas estendem-se ao longo de uma baía abrigada do Skagafjörður. O troço da Estrada 75 que percorremos a seguir já pertence à Arctic Coast Way, e atravessa uma zona plana e muito irrigada, formada por lagos e pela desembocadura do rio Héraðsvötn. Além de excelente para a observação de aves, a área é sobretudo conhecida pela criação de cavalos islandeses.

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Pouco antes de chegarmos a Hófsós, o destino final deste dia, saímos da Estrada 76 para vermos (de longe, porque o local já estava encerrado) a Grafarkirkja, a igreja de turfa mais antiga da Islândia. Algumas partes desta pequena igreja datam do século XVII, e é também uma das raras igrejas que possui ornamentação. Crê-se que os elementos de madeira trabalhada que se vêem no altar e nalgumas vigas de apoio tenham sido feitos por um entalhador famoso da época, Guðmundur Guðmundsson. Esta igreja tem também a característica única de estar rodeada por um muro de turfa circular.

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Hófsós, aonde chegámos já perto das sete da tarde, é uma terrinha na margem direita do Skagafjörður, simpática mas simples, com apenas cerca de meia centena de casas. É aqui que desagua o Hofsá, um rio glaciar onde abundam o salmão e a truta. Ao lado da foz do Hofsá foi construído um pequeno porto de pesca, protegido por um dique. Algumas casas de madeira pintada de preto, canteiros com flores e uma espécie de mini parque de merendas fazem deste o local mais aprazível da aldeia.

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A Sunnuberg Guesthouse, onde passámos a noite, fica junto ao mar, mas a vista do nosso quarto dava apenas para a casa dos vizinhos. Do lado oposto da rua, muito convenientemente localizados para nós, um supermercado e uma bomba de gasolina, onde nos abastecemos e abastecemos o carro. A casa tem uma cozinha para serviço dos hóspedes, mas só fizemos uso dela na manhã seguinte. Os nossos planos para o fim do dia eram outros…

 

Na mesma rua, a poucos passos de distância, há uma piscina pública, com águas naturalmente aquecidas e vista para o fiorde e a ilha de Drangey. Poderia haver algum programa melhor para depois de termos passado oito horas em viagem? Obviamente que não! Pegámos nas toalhas e fatos de banho, e ala que se faz tarde. As instalações têm pouco mais de dez anos e são amplas, com balneários separados para mulheres e homens, muito espaçosos e apetrechados com tudo o que faz falta, incluindo secadores de cabelo. Dentro de cada balneário, os chuveiros são colectivos – apesar de pedirem que, antes de entrarem na piscina, os utilizadores tomem duche completamente despidos. Mas o problema maior é, não surpreendentemente, o frio que se faz sentir lá fora quando não estamos dentro da piscina ou do jacúzi. Os poucos metros entre a saída do balneário e a água quente foram para mim uma tortura, mesmo estando embrulhada na toalha. Depois entrei na piscina, e passei cerca de uma hora no paraíso.

 

Friorenta como sou, não tive coragem de andar dentro e fora para ir buscar e depois voltar a guardar a máquina fotográfica ou o smartphone, por isso não tirei uma única foto. Além do mais, quem quer saber de fotografias quando se está tão bem dentro da água quentinha? Mas se tiverem curiosidade em ver a maravilha de cenário que esta piscina nos proporciona, é só visitarem o website da Sundlaugin á Hofsósi  ou a página no Facebook.

 

Tal como afirmei lá mais para cima neste post, monotonia é palavra que não se aplica, de maneira nenhuma, à Islândia. Neste dia longo e que parecia ir ser pouco activo, acabámos por passar por várias experiências diferentes – até com alguma emoção à mistura – e interessantes, cada uma à sua maneira. Para mim, não há nada mais compensador numa viagem do que alargar os meus horizontes: ver um pouco mais do mundo, aprender um pouco mais sobre o passado, aproveitar um pouco mais o presente. E é por isso que saio de cada viagem sempre mais rica.

 

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O roteiro e várias informações práticas sobre a Islândia estão aqui: Coleccionar paisagens surreais na Islândia

 

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