Açores, destino sustentável
Depois de dois anos de trabalho para construir o necessário dossier de acreditação, o arquipélago dos Açores conseguiu obter o certificado de destino sustentável atribuído pelo Global Sustainable Tourism Council (GSTC), uma entidade constituída por várias agências das Nações Unidas, ONGs e operadores turísticos e hoteleiros de todo o mundo que define os padrões mundiais pelos quais qualquer empreendimento ou destino turístico se deve guiar para que o turismo contribua para ajudar o desenvolvimento económico e a conservação do património natural e cultural, protegendo ao mesmo tempo os seus recursos ambientais e humanos.
Como é óbvio, o boom turístico dos Açores que começou há cerca de quatro anos é simultaneamente uma bênção e uma fonte de preocupação. Se por um lado contribuiu para trazer para a ribalta um dos lugares do nosso mundo ocidental em que a natureza e as tradições culturais ainda sobrevivem de forma mais ou menos impoluta, por outro veio aumentar brutalmente a pressão ambiental e social que está a ser colocada sobre todas as ilhas (embora de forma desigual) a vários níveis, com todos os riscos que isso implica. Felizmente, talvez muito pelas suas características de personalidade, os açorianos têm até agora conseguido gerir de forma equilibrada este aumento da fama e da procura turística, mas como é bem sabido a apetência pelo progresso económico acaba muitas vezes por falar mais alto e alterar, bem de mansinho e de forma insidiosa, os nossos objectivos e intenções. Por isso, e embora estas certificações valham o que valem, esta distinção agora conseguida –entregue durante a Conferência Global GSTC 2019 realizada em Angra do Heroísmo e que hoje termina – é importante para tentar garantir desde já que a linha que tem sido seguida pela promoção e oferta turísticas nos Açores continue no bom caminho e não se deixe desviar por tentações comezinhas.
O arquipélago dos Açores tem nove ilhas, cada uma com características muito próprias. Nem todas são fáceis de alcançar, apesar dos inúmeros voos que ligam várias delas diariamente à Europa e à América. Das que conheço já aqui falei algumas vezes, e a única coisa que posso agora acrescentar é que a cada ilha que visito fico com mais vontade de conhecer as outras. É por isso que deixo aqui, em jeito de inspiração, algumas fotografias dos lugares açorianos que ocupam vitaliciamente um lugar no meu coração, aos quais se irão certamente acrescentar outros sempre que eu tiver oportunidade de visitar mais uma destas coloridas ilhas.
Corvo
A ilha mais pequena do arquipélago, e a primeira sobre a qual escrevi. Chamam-lhe a ilha castanha pela cor das vacas que pastam nas suas férteis encostas. Saibam neste post porque é que devem reservar alguns dias para conhecer o Corvo.
Vacas corvinas
Caldeirão do Corvo
Flores
Foram seis os posts que publiquei sobre a ilha rosa (o nome vem da cor das azáleas), que não é grande mas é tão variada e tem tanto para apreciar. Podem encontrar aqui o primeiro destes posts.
Poço da Ribeira do Ferreiro
Lagoa Funda
Terceira
Capital da ilha lilás (devido às latadas de glicínias), Angra do Heroísmo é uma cidade surpreendente. Quase a completarem-se quatro décadas depois do sismo que destruiu parte da cidade no dia 1 de Janeiro de 1980, Angra renasceu com outras cores e está mais bonita do que nunca. Leiam aqui o que escrevi sobre o meu passeio pela cidade.
Angra vista a partir do Miradouro da Memória
Centro histórico de Angra
São Miguel
Estive há pouco tempo, pela terceira vez na minha vida, em São Miguel. Uma semana para conhecer a ilha e ainda assim não foi suficiente para ver tudo. Vejam neste post algumas das razões pelas quais é obrigatório visitar a ilha verde (verde mesmo, de uma ponta à outra…).
Lagoa do Congro
Lagoa das Furnas e Capela de N. Srª das Vitórias
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Outros posts sobre os Açores:
As surpresas de Angra do Heroísmo
Na ilha das Flores - parte III