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Viajar porque sim

Paixão por viagens, escrita e fotografia

Seg | 28.03.16

Croácia - Diário de viagem - III - Zagreb e o longo caminho até ao cemitério

 

Reservámos uma manhã para ver um pouco de Zagreb antes de partirmos para sul. E não há melhor maneira de entrar no espírito de uma cidade do que conhecê-la andando a pé pelas suas ruas. Mas convém ter sentido de orientação…

 

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Como o tempo em Zagreb era pouco, não iríamos poder ver muito da cidade, e por isso decidimos ir visitar primeiro que tudo o local que nos interessava mesmo conhecer e que era simplesmente… o cemitério. Sim, é verdade. Por estranho que pareça, um dos lugares a não perder na capital da Croácia é o cemitério de Mirogoj, considerado um dos mais bonitos da Europa.

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Pequeno-almoço tomado e mapa na mão, o dia estava ameno e o cemitério parecia facilmente alcançável a pé. Desembocámos mais uma vez na já nossa conhecida Maksimirska e tomámos aquela que me pareceu ser a direcção certa para seguirmos o caminho mais curto até ao cemitério.

No mapa parecia tudo relativamente perto, mas ao fim de um bom bocado começámos a aperceber-nos de que a nossa impressão não correspondia inteiramente à realidade. Somando a isso o facto de continuar a ser muito difícil descobrir os nomes das ruas, foi só após quase uma meia hora de caminho que percebemos que estávamos a ir na direcção errada. Mea culpa, que tinha olhado para o mapa ao contrário. (E dizia eu no post anterior que tinha bom sentido de orientação…). Um transeunte a quem pedimos indicações aconselhou-nos a irmos de autocarro, que o cemitério era longe para ir a pé. Mas a nossa teimosia não nos deixou dar o braço a torcer e decidimos continuar o passeio a pé, sem perder o ânimo.

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Praticamente uma hora e mais um ou outro engano depois, lá conseguimos encontrar um dos acessos secundários do cemitério. E assim que entrámos percebemos imediatamente que todo o esforço despendido para dar com o lugar iria ser bem recompensado.

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O cemitério de Mirogoj (Groblje Mirogoj, em croata) é qualquer coisa de monumental. A sua construção teve início em 1876 e só ficou terminada em 1929 – no que se refere à concepção inicial, da autoria do arquitecto austríaco Hermann Bollé. Sucessivas obras e acrescentos foram feitos, culminando na construção de um crematório em 1984.

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Com uma área de mais de 8000 m2, nele repousam os restos mortais de pessoas de todas as confissões religiosas e também, como é óbvio, ateus. Entre estas pessoas contam-se muitas personalidades famosas na Croácia incluindo, por ironia do destino, o próprio Bollé.

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Além dos túmulos e jazigos particulares divididos pelos vários sectores, na sua maioria elaboradíssimos, existem no cemitério vários memoriais referentes a períodos trágicos onde pereceram muitos croatas, como o monumento aos soldados croatas caídos na 1ª Grande Guerra, o monumento às vítimas croatas da guerra da independência, ou o monumento às crianças da montanha Kozara, que morreram em campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial.

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A entrada principal do cemitério é, por si só, uma maravilha. Ao centro ergue-se a Capela do Cristo Rei, com a sua cúpula verde a dominar todos os outros elementos arquitectónicos. Arcadas estendem-se para cada um dos lados, cobertas de trepadeiras na face virada ao exterior. Do lado de dentro, o piso decorado com mosaicos e as colunas em mármore contrastam com o amarelo-claro das paredes, na sua maioria cobertas de lápides trabalhadas, candeeiros de metal, e toda uma variedade de elementos decorativos que evocam e prestam homenagem aos muitos notáveis aqui sepultados desde há quase um século e meio.

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Com o tempo a voar, o regresso ao hotel fez-se primeiro a pé e depois de táxi, não sem antes termos tido um “encontro imediato”, quando andávamos em busca de táxi algures já perto do centro da cidade, com uma senhora pouco versada na língua inglesa mas com muita vontade de conversar (talvez por efeito da garrafa de bebida que levava no saco) que nos fez parar para, entre sorrisos, gestos e muitas palavras que não percebíamos, tentar contar-nos parte da história da sua aparentemente trágica vida que envolvia, tanto quanto conseguimos entender, armas, violência e mortes.

 

Antes de deixarmos Zagreb aproveitámos para almoçar no Bigy, mesmo em frente aos apartamentos Meridien. Menu à base de comida italiana, bem confeccionada e com preços em conta.

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De Zagreb até ao Parque dos Lagos de Plitvice (Plitvička Jezera, em croata) são quase 150 km, que cobrimos com calma em cerca de duas horas e meia de viagem.

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Tínhamos marcado alojamento por duas noites na Guesthouse Bor (Mukinje 59, 53231 Plitvička Jezera), na localidade mais próxima da Entrada 2 do Parque. Mais uma vez, a falta de indicações levou a que não fosse fácil encontrar a casa, mas depois de umas quantas voltas à localidade e um pedido de indicações num outro hotel, descobrimos que estávamos, mais uma vez, praticamente no sítio certo – o nosso alojamento ficava mesmo em frente, mas não havia qualquer placa visível com o nome da casa ou o número da porta.

 

Fomos muito bem recebidas pelo dono da casa, e o quarto não defraudou em nada as nossas expectativas. Vê-se que a casa é recente, ou pelo menos foi totalmente remodelada há pouco tempo. O estilo é simples e clean, com muita madeira em tons naturais, e as camas e almofadas são confortáveis. A casa de banho tinha também janela para o exterior, e tudo estava irrepreensivelmente limpo – aliás, uma constante em toda a nossa viagem.

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Praticamente ao lado da Guesthouse Bor fica o Bistro Vučnica, um restaurante onde se come razoavelmente (uma vez mais, muito à base de pratos italianos) e cujo maior problema foi estar cheio e com uma grande e demorada fila de espera. Há poucos restaurantes na localidade, na proporção inversa à da oferta de acomodações, que é imensa; e a noite estava fria, pelo que a vontade de ir em busca de outro lugar para comer era pouca, o que provavelmente explica a grande afluência de gente àquela hora.

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E a noite terminou cedo, que no dia a seguir tínhamos todo um parque para ver e muitos quilómetros para andar.

 

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Diário de uma viagem à Croácia - Zagreb e o longo caminho para o cemitério

Qua | 23.03.16

Romântica Madrid

Quando pensamos em cidades românticas, ideais para passar alguns dias exclusivamente a dois, Madrid não é certamente um dos destinos que nos vem logo à ideia. Mas devia. A apenas uma hora de avião ou meia dúzia de carro, a capital espanhola é uma cidade ao mesmo tempo vibrante e serena, com qualidades suficientes para agradar a viajantes de todos os tipos. Se fazem parte do grupo que ainda não se rendeu aos encantos desta cidade de “nuestros hermanos”, venham comigo conhecer alguns dos lugares mais bonitos e apaixonantes de Madrid.

 

Romântica Madrid-Puerta del Sol-O urso e o medron

 

PARQUE DO RETIRO

É sem sombra de dúvida o lugar mais romântico da cidade. São 125 hectares de árvores e relva, lagos e fontes, palácios e esculturas. Um oásis de tranquilidade e frescura onde podemos perder-nos durante horas e horas a deambular pelos caminhos sinuosos, passear de barco a remos no Estanque Grande, visitar uma exposição no Palácio Velásquez, visitar o Parterre (jardim em estilo francês) ou La Rosaleda (o roseiral), ou simplesmente aproveitar para descansar e namorar.

 

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PALÁCIO DE CRISTAL

Se eu tivesse de escolher um único sítio em Madrid como o meu preferido, esse sítio teria de ser o Palácio de Cristal. Embora fique situado dentro do Parque do Retiro, merece toda uma referência à parte, porque é verdadeiramente especial. Trata-se de uma imponente estrutura em metal e vidro concebida por Ricardo Velásquez Bosco em 1887, rodeada de relva e árvores, aos pés da qual se estende um lago artificial povoado com cisnes e patos, um repuxo e vários ciprestes calvos emergindo da água. Local obrigatório de paragem para relaxar na relva ou nos degraus que descem até ao lago e simplesmente deixar correr o tempo...

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CATEDRAL DE LA ALMUDENA

A Catedral de Madrid honra a padroeira da cidade, a Virgem de Santa Maria la Real de la Almudena, e foi considerada a catedral nova mais velha de sempre: colocada a primeira pedra da construção em 1883, apenas foi inaugurada oficialmente pelo Papa João Paulo II em 1993 – e alguns espaços ainda não estão completamente terminados. Tem uma mistura de vários estilos “neo”, mas o interior é de cariz essencialmente moderno, com os tectos e vitrais coloridos e o retábulo do altar principal a contrastarem com o branco dominante na nave. Arejada e com uma decoração menos “pesada” do que outras congéneres, é perfeita para uns momentos de calma espiritual e recolhimento, mesmo para quem não é crente.

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 (a história e todas as informações sobre a Catedral podem ser encontradas em http://www.catedraldelaalmudena.es/)

 

 

TEMPLO DE DEBOD

Parece estranho encontrar um templo egípcio numa zona central de Madrid, bem perto do Palácio Real e da Catedral; poderíamos até pensar que se trata de uma imitação. Mas na verdade não é. O Templo de Debod é um monumento núbio genuíno, cujas origens remontam ao séc. II a.C., e que foi oferecido em 1968 a Espanha pelo governo egípcio como agradecimento pela ajuda na relocalização dos templos de Abu Simbel. A sua instalação ficou concluída em 1972 e é possível visitar o interior.

Estrategicamente colocado no centro de um espelho de água, tem à sua volta um agradável parque que muitos madrilenos utilizam para descansar nas horas de maior calor. Se o céu estiver limpo, programem a visita ao Templo para o final da tarde, pois é um dos melhores locais para assistir ao pôr-do-sol em Madrid.

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 (e se quiserem conhecer melhor este local e a sua história, visitem este excelente website: http://templodedebod.memoriademadrid.es/)

 

 

MERCADO DE SAN MIGUEL

Pioneiro no conceito, o Mercado de San Miguel tem bancas modernas com todos os produtos que é habitual encontrar num mercado e ao mesmo tempo uma variedade de balcões onde é possível petiscar ou até mesmo comer uma refeição completa. O próprio edifício, em ferro e vidro, está classificado como monumento. Lá dentro, é um prazer perdermo-nos nos corredores invadidos pelos cheiros mais diversos e apetitosos, provar aqui umas “tapas”, beber ali uma “caña”, e aproveitar para comprar algumas prenditas para os amigos ou aquele produto “gourmet” de que andávamos à procura há já algum tempo. Uma verdadeira festa para os sentidos.

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ESTAÇÃO DE ATOCHA

A história do edifício que abriga a estação ferroviária de Atocha remonta ao final do séc. XIX, e conta até com Gustave Eiffel como um dos colaboradores do seu projecto. É sem dúvida uma das mais belas estações de comboios do mundo, mas infelizmente saltou para as primeiras páginas dos jornais há já quase doze anos pelas piores razões – os quatro atentados quase simultâneos perpetrados por fundamentalistas islâmicos que fizeram 191 mortos e mais de 1700 feridos. O edifício principal, em tijolo, ferro e vidro, tem uns impressionantes 27 metros de altura e é arejado e cheio de luz. Em 1992 foram retirados do seu interior os terminais dos comboios e passou a funcionar apenas como zona comercial, com uma área central de 4000 m2 exclusivamente ocupada por um jardim tropical luxuriante, em que a atracção principal é um lago habitado por um sem-número de engraçados cágados.

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PLAZA MAYOR

Coração do “casco viejo” de Madrid, a Plaza Mayor está completamente cercada por edifícios de três pisos de estilo neoclássico, pintados em vermelho-escuro e suportados por arcadas de pedra, e apenas é possível aceder-lhe através dos seus nove pórticos, dos quais o mais famoso é o Arco de Cuchilleros. Dominada no centro pela estátua equestre de Filipe III, é ponto obrigatório de visita e a animação é constante. Tem esplanadas, artistas de rua, tendas com exposições, e as lojas debaixo das arcadas mantêm ainda, na sua maioria, um ar tradicional. Um local perfeito para um café a meio da manhã ou um lanche.

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JARDIM BOTÂNICO REAL

Dedicado por vocação ao estudo e ensino da botânica, este jardim tem já mais de 250 anos de história e é mais um paraíso no meio da cidade. Dividido em várias zonas, cada uma com as suas características, nele encontramos cerca de 1500 espécies de árvores diferentes, plantas aromáticas e medicinais, uma horta, um roseiral, uma colecção de bonsais, várias estátuas e monumentos, e recantos surpreendentes ao virar de cada curva dos passeios. A entrada é paga, por isso o ambiente neste jardim é muito tranquilo e ideal para descontrair.

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IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DOS ALEMÃES

Originariamente chamada de Santo António dos Portugueses, a igreja e o hospital adjacente deixaram de acolher os nossos compatriotas após a reconquista da independência em 1640, pelo que em 1689 foi cedida aos alemães católicos. Datada do início do séc. XVII, é única no género na cidade de Madrid – pela sua planta elíptica, e pelo interior barroco que ostenta a cúpula e todas as paredes totalmente cobertas por belíssimos frescos, de tal maneira imbricados nos elementos arquitectónicos da igreja que é difícil perceber onde começam uns e acabam outros. O efeito é absolutamente estonteante. A excelente escultura de Santo António com o Menino que preside ao altar principal foi, curiosamente, executada por um português: mestre Manuel Pereira, que também foi o autor da figura em pedra do referido Santo que ornamenta a (estranhamente sóbria) fachada exterior da igreja.

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MOSTEIRO DE EL ESCORIAL

É no sopé da serra de Guadarrama, a uma meia centena de quilómetros de Madrid, que encontramos San Lorenzo de El Escorial e o famoso Mosteiro com o mesmo nome. Declarado Património da Humanidade em 1984 pela UNESCO, a sua construção data de finais do séc. XVI e é um dos mais importantes monumentos renascentistas de Espanha. De envergadura imponente e rodeado de uma belíssima paisagem verdejante, o complexo do Mosteiro é um local absolutamente admirável e ao visitá-lo as horas passam sem darmos conta. Imperdíveis são a sua biblioteca, com vários milhares de livros e manuscritos antigos e uma impressionante abóbada pintada, a Basílica e o Panteão Real, a Sala das Batalhas com os seus magníficos frescos, e os palácios dos Áustrias e dos Bourbons. Nos palácios, o destaque vai para a maravilhosa colecção de tapeçarias (mais de trezentas) que cobrem completamente as paredes de várias divisões: desenhadas por artistas conhecidos, primorosamente executadas e em excelente estado de conservação, são obras de arte excepcionais. No exterior, o Jardim dos Frades, a Casa do Infante e a Casa do Príncipe merecem também uma visita. E para terminar, um passeio pelas ruas e ruelas da localidade, que pode ser aproveitado para petiscar num dos muitos restaurantes, cafés e bares que se encontram ao virar de cada esquina.

 

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 (para mais pormenores sobre o Mosteiro, sigam o link http://www.jdiezarnal.com/monasteriodelescorial.html)

 

 

VALE DOS CAÍDOS

 

O Santuário do Vale dos Caídos, que também dá pelo nome de Abadia de Santa Cruz, foi concebido como um memorial aos mortos na guerra civil espanhola de 1936-1939. Monumento franquista, foi tristemente polémica a sua construção, executada maioritariamente por presos de guerra que ali foram forçados a trabalhar e onde muitos deles perderam a vida, e continua polémico na actualidade, pois ali se encontram os túmulos do ex-ditador Francisco Franco e de José António Primo de Rivera, ideólogo e fundador da Falange Espanhola, o partido no qual se apoiou o regime franquista. Apesar disso, ou talvez por isso mesmo, é um local a visitar sem falta. Dista apenas 8 km de El Escorial, e é perfeito como complemento à visita do Mosteiro. O conjunto monumental inclui, além de uma Abadia beneditina e uma hospedaria, um grandioso templo escavado por baixo do maciço pedregoso – a Basílica (cujo interior mede 262 metros de comprimento, o que faz dela a maior de toda a cristandade, mas que foi dividida por uma grade para que as suas dimensões não ultrapassassem as da Catedral de S. Pedro no Vaticano) – encimado por uma cruz monumental com 150 metros de altura, em que os 25 metros de altura da base estão decorados com figuras colossais dos quatro evangelistas, acima das quais se erguem outras quatro representando as virtudes cardinais. Todo o santuário é impressionante, tanto pela magnitude como pela localização erma na árida serra madrilena, e o silêncio do lugar é a nota dominante.

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 (site oficial do santuário: http://www.valledeloscaidos.es/)

 

 

PALÁCIO DE EL PARDO

 

A povoação de El Pardo, na orla de Madrid, é conhecida sobretudo pela escultura do “Cristo jacente”, o famoso “Cristo de El Pardo”. No entanto, e apesar do seu aspecto exterior relativamente discreto, o lugar que tem sem dúvida mais interesse na localidade é o Palácio Real. Hoje em dia é usado para alojar reis, chefes de Estado e outras individualidades estrangeiras de visita ao país e para actos oficiais da família real espanhola, mas foi durante mais de 35 anos a residência de Francisco Franco. Todas as visitas ao palácio são guiadas, o que nos permite ficar a conhecer in loco as histórias e os episódios mais marcantes e interessantes do edifício e de quem o habitou. Além dos aposentos e objectos originais do General Franco que estão expostos, as tapeçarias que decoram as muitas salas são inquestionavelmente o que mais chama a atenção, sobretudo as cinco séries de tapetes murais executados com base nos cartões pintados no séc. XVIII por Goya para a Real Fábrica de Tapices. É uma visita agradável, interessante e muito enriquecedora.

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(Artigo publicado no n.º2 da revista digital INOMINÁVEL e aqui.)

 

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Sex | 11.03.16

Ao acaso #12 janela na Calle Santiago, em Valladolid, Espanha