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Viajar porque sim

Paixão por viagens, escrita e fotografia

Ter | 04.02.25

10 escapadinhas em Espanha para celebrar o Dia dos Namorados

 

Há algo de estimulante em fugir da rotina e partir à descoberta de um novo destino com alguém que nos é querido. Uma escapadinha romântica tem o poder de nos transportar para uma espécie de universo paralelo, em que o tempo perde importância, as preocupações como que desaparecem, e as emoções se tornam o centro de tudo. E se há um país ideal para um fim-de-semana comprido e bem passado a celebrar o Dia dos Namorados, esse país é Espanha.

 

O país nosso vizinho é um convite constante à aventura e ao romance. Viajamos uns quilómetros e já estamos noutro fuso horário, a ouvir outra língua, embrenhados numa cultura que é, em muitos aspectos, diferente da nossa. Com uma diversidade impressionante de paisagens, vilas e aldeias, cada região diferente das outras, a Espanha é perfeita para uma escapadinha a dois. Por todo o território espanhol, há recantos e encantos que parecem ter sido desenhados para namorar — desde aldeias medievais escondidas entre montanhas a casas caiadas de branco com vista para o mar. O melhor? Muitos destes lugares ainda são segredos bem guardados, longe das multidões e ideais para aqueles momentos de cumplicidade de que todos precisamos.

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O Dia dos Namorados é mais do que uma data no calendário; é uma oportunidade para criar novas memórias. Viajar a dois é um teste à convivência de um casal, e ao mesmo tempo uma forma excepcional de criar laços. Explorar um novo destino lado a lado, partilhar descobertas inesperadas, provar sabores diferentes e simplesmente perder-se sem pressa por ruelas desconhecidas — cada detalhe transforma-se numa história para recordar.

 

Se procuram um cenário especial para celebrar o amor, há vilas e aldeias em Espanha que parecem ter sido feitas à medida dos apaixonados. Lugares onde os dias começam com um nascer do sol dourado reflectido nas águas do mar, onde as tardes se prolongam em momentos de lazer numa esplanada, onde as noites terminam com passeios por ruas de pedra, entre castelos e miradouros com vista para a lua.

 

Preparados para uma viagem que respira romance em cada esquina? Descubram alguns dos lugares mais encantadores de Espanha para uma escapadinha no fim-de-semana do Dia dos Namorados.

 

Ver o nascer do sol em Cadaquès

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Há poucas coisas tão românticas como assistir ao nascer do sol ao lado de quem amamos. Em Espanha, um dos cenários onde é mais recompensador estar de olhos abertos quando amanhece é-nos oferecido por Cadaquès. Localizada na Costa Brava, esta vila de casas brancas e mar azul profundo é um dos pontos do território continental espanhol aonde a luz dourada da manhã chega mais cedo. Quando os primeiros raios do sol tocam as águas tranquilas do Mediterrâneo e iluminam as fachadas caiadas, Cadaquès transforma-se num postal vivo, digno de um momento inesquecível a dois.

Mas Cadaquès não é apenas um lugar bonito — é também um refúgio de inspiração e arte, e palco de uma imensa história de amor. Foi aqui que o pintor Salvador Dalí passou mais de 50 anos da sua vida, encantado pela luz única e pelas formas quase surreais da paisagem. A sua casa em Port Lligat, hoje um museu, é uma visita obrigatória para quem deseja mergulhar no universo e na intimidade deste génio. Partilhou-a com Gala, a sua musa e mulher muito amada, a quem poucos anos sobreviveu, consumido pelo desgosto. A atmosfera do lugar teve certamente um papel importante nas suas vidas – Cadaquès tem uma qualidade especial que desperta emoções.

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A geografia de Cadaquès, isolada entre montanhas, ajudou a preservar a sua autenticidade. As ruelas estreitas, os barcos de pesca alinhados na baía, as silhuetas escuras dos rochedos em contraluz, o aroma a mar misturado com o perfume das flores silvestres… Tudo faz deste lugar um destino perfeito para uma escapadinha romântica. Aqui, é fácil perder a noção do tempo e simplesmente desfrutar da companhia de quem está ao nosso lado, apreciando a maravilha do amanhecer.

Fiquem a saber mais sobre Cadaquès neste post.

 

Descobrir os segredos de Hervás

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Escondida entre as serranias da Extremadura, Hervás é uma vila onde nos sentimos recuar no tempo, com segredos do passado a espreitarem em cada esquina – destino perfeito para quem procura um lugar onde as histórias de amor sobrevivem ao virar dos séculos.

 

Abriga uma das judiarias melhor preservadas de Espanha. Percorrer as suas ruas estreitas e sinuosas é como folhear as páginas de um livro antigo. As casas de madeira e adobe, adornadas com varandas floridas, testemunham séculos de história e convivência entre diferentes culturas. Cada recanto tem uma história para contar, mas talvez nenhuma tão comovente como a da Fonte Chiquita. Diz a lenda que foi aqui que Maruxa, uma jovem judia, se encontrou pela última vez com Julián, um cristão, numa história de amor proibido que terminou em tragédia: ambos foram assassinados, e o espírito da jovem vagueia até hoje pelas margens do rio Ambroz, junto à fonte.

 

Outro dos segredos bem guardados de Hervás é o minúsculo e encantador Pátio dos Cactos. Escondida no coração da vila, esta preciosidade colorida é um concentrado de exotismo, com milhares de cactos que crescem nos suportes mais originais que é possível imaginar. Um lugar que reflecte a paixão e o carinho de um homem pela natureza, e a prova de que tudo pode florescer mesmo quando o espaço parece ser escasso. Um pouco como os sentimentos que unem as pessoas.

Hervás é um apelo ao coração das emoções humanas. Pela sua herança judaica, pelas lendas de amores impossíveis, pela serenidade do seu entorno, é o lugar ideal para descobrir que o verdadeiro romantismo reside nos detalhes e nas histórias que partilhamos. Um convite subliminar a descobrir segredos e criar novas memórias, num ambiente que parece concebido para namorar.

 

Subir às alturas em Casares

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Uma mancha alva sobre serra escura, como que suspensa entre o céu e a terra – assim é Casares. Esta jóia andaluza, pueblo blanco que ainda é um segredo bem guardado, desliza pela encosta da montanha como um rio de casas brancas, entre ruazinhas íngremes e miradouros que nos obrigam a parar. Quadro perfeito para um passeio a dois, convite para subir sem pressa, demorar nos seus recantos e, no topo, deixar-se deslumbrar pela vista infinita.

 

A subida ao castelo é o ponto alto, literal e figurativamente. Pelo caminho, o branco das fachadas contrasta com o azul vibrante do céu, os ferros forjados adornam varandas floridas e protegem portas de madeira. Cada esquina revela um detalhe inesperado — um gato enroscado ao sol, um pátio escondido, um azulejo com versos esquecidos.

Ao alcançar o castelo, o prémio é um panorama arrebatador: a imensidão das serras de um lado, o azul penetrante do Mediterrâneo do outro e, nos dias mais límpidos, a ténue percepção de África no horizonte. Lá em cima, o mundo parece pequeno e o tempo, infinito. Um lugar perfeito para uma promessa, um beijo, ou apenas para ficar em silêncio, lado a lado, a contemplar a beleza do momento.

 

Diferente de outros pueblos blancos mais conhecidos, Casares mantém-se um belo segredo, longe de multidões. Aqui ainda se sente a autenticidade do sul de Espanha, num ritmo tranquilo que convida a namorar.

 

Ver o mar em Gaztelugatxe

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Gaztelugatxe, na costa basca, é uma ilha íngreme ligada ao continente por uma ponte de pedra e uma escadaria serpenteante, onde cada degrau nos aproxima de um dos mais belos panoramas do Golfo da Biscaia. Um daqueles sítios que parecem saídos de uma lenda – e talvez tenha sido por isso que foi escolhido como cenário para uma história de amor… numa série televisiva em que as lendas são precisamente uma das linhas principais da história. Sim, estou a falar da Guerra dos Tronos, e da vida amorosa – tão trágica quanto emocionante – de Daenerys e Jon Snow. Tragédias à parte, o lugar é de uma magnitude e romantismo incríveis.

 

A subida até à pequena ermida de San Juan de Gaztelugatxe, no topo do ilhéu, é um verdadeiro ritual. São 241 degraus que serpenteiam pela encosta, esculpidos no rochedo como uma escada para o infinito. Diz-se que quem chega lá acima e toca o sino três vezes tem direito a um desejo — mas, na verdade, a recompensa está no próprio caminho. A cada pausa para recuperar o fôlego, o mar lá em baixo revela-se em toda a sua grandiosidade, com ondas rebeldes a desfazerem-se contra as falésias, espuma branca mutável e temporária sobre o azul-turquesa profundo da água.

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A ermida, dedicada a São João Baptista, tem origens medievais, e ao longo dos séculos foi local de peregrinações e histórias de piratas. Mas é o que a rodeia que a torna inesquecível: o mar aberto, sem barreiras, com o vento a soprar forte e o cheiro a sal misturado com o perfume das algas. A imensidão do horizonte, que nos maravilha e ao mesmo tempo nos torna insignificantes no mundo – mas nunca para quem está ao nosso lado.

 

Gaztelugatxe é um convite à aventura partilhada. A subida exige esforço, companheirismo e risos cúmplices pelo caminho. Chegar ao topo de mãos dadas pode bem ser simbólico do que já se viveu a dois, ou de um compromisso para o futuro. Seja qual for o caso, o momento vai ficar gravado para sempre na memória.

Fiquem a saber mais sobre Gaztelugatxe neste post.

 

Vaguear entre as casas suspensas de Alcalá del Júcar

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Há lugares que parecem ter sido esculpidos pela própria natureza, desafiando o equilíbrio e criando panoramas de pura fantasia. Alcalá del Júcar é um deles. Cravada nas encostas íngremes de um desfiladeiro, a vila serpenteia em direcção ao rio Júcar, com as suas casas brancas empoleiradas na rocha como se fossem imunes à gravidade. Vaguear por aqui é mergulhar num mundo meio irreal, onde a arquitectura se funde com a paisagem de uma forma que só o tempo e a engenhosidade humana poderiam ter moldado.

 

A origem de Alcalá del Júcar remonta à época mourisca, herança que se reflecte no seu traçado sinuoso. As ruas adelgaçadas, por vezes esculpidas na pedra, sobem e descem em curvas inesperadas, revelando um miradouro aqui, uma pequena praça ali, a ponta de uma torre mais adiante. O castelo árabe, no ponto mais alto da vila, oferece uma vista admirável sobre o vale, encaixado entre paredes de rocha cinzenta em camadas, onde o branco das casas combina bem com o tom esmeralda do rio que corre lá em baixo.

A localidade guarda outros segredos fora do comum. Entre eles, as famosas cuevas, cavernas transformadas em habitações, restaurantes ou bares. Algumas destas grutas foram escavadas directamente na falésia e mantêm uma temperatura agradável durante todo o ano. Ao cair da noite, as luzes acendem-se, a vila toma ares de presépio – e surge a súbita vontade de um jantar romântico à luz das velas…

 

Sentir a alma serrana de La Alberca

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Aninhada entre as montanhas da Serra de França, La Alberca é uma vila onde as tradições permanecem vivas, a arquitectura conta histórias e o ritmo da vida segue o compasso tranquilo da natureza – um daqueles lugares onde cada detalhe revela uma autenticidade que poucos destinos ainda conservam, e que há que conhecer sem pressas.

 

A primeira coisa que salta à vista ao chegar a La Alberca é a sua arquitectura peculiar. As casas de pedra e madeira, com fachadas decoradas por varandas de ferro forjado e vigas escuras, formam um labirinto de ruas empedradas que convidam a passear sem destino. O contraste é dado pelas cores vivas das flores que enfeitam as janelas. É um cenário robusto e acolhedor ao mesmo tempo, onde os materiais e as cores escuras transmitem uma sensação de permanência — tal como os laços que se fortalecem ao longo dos meses e anos, construídos com paciência e cuidado.

O entorno de La Alberca é um convite a explorar a natureza. Rodeada por bosques de castanheiros e carvalhos, a aldeia pode ser o ponto de partida para poéticas caminhadas entre montanhas e vales, onde o silêncio só é quebrado pelo piar dos pássaros e pelo restolhar das folhas que dançam ao vento.

 

La Alberca ensina-nos que a beleza também pode estar na solidez das coisas simples, sobre as quais podemos criar e estreitar vínculos duradouros, firmes como a pedra que sustenta cada casa e cada história deste lugar.

Fiquem a saber mais sobre La Alberca neste post.

 

Esquecer as horas no labirinto de vielas de Binibèquer Vell

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No dédalo branco de Binibèquer Vell perdemos a noção do tempo. Esta aldeia, situada no sul desse pequeno paraíso que dá pelo nome de Menorca, é um convite apetitoso a ignorar o relógio e simplesmente passear, sem pressas nem mapas – algo que tantas vezes nos esquecemos de fazer, e que sabe ainda melhor quando multiplicado por dois. E se nos perdermos por ali, melhor ainda, a recompensa será decerto encontrar algum recanto perfeito para namorar.

Embora pareça uma vila piscatória antiga, Binibèquer Vell é, na verdade, uma criação relativamente recente. Foi concebida nos anos 70 pelos arquitectos Antoni Sintes Mercadal e Francesc Joan Barba Corsini, que imaginaram uma povoação que evocasse o espírito das aldeias tradicionais mediterrânicas, mas com contornos modernos e em simbiose com o ambiente. O resultado foi um emaranhado de ruelas, pátios escondidos e passagens em arco, onde as casas se encaixam umas nas outras como se fossem uma só. Tudo é branco, puro e sereno, transmitindo uma sensação de paz. A brisa marítima refresca e transporta o cheiro a sal e a seiva de pinheiro. O mar está ali mesmo ao lado.

 

E que mar! Menorca, a mais sossegada das ilhas Baleares, é conhecida pelas suas águas límpidas e pelas enseadas escondidas entre falésias e arvoredo. Fora da época alta aprecia-se ainda melhor, sem as hordas de gente que a invade no Verão. Ideal para quem amor e mar são sinónimos de felicidade.

Fiquem a saber mais sobre Menorca neste post.

 

Apreciar o silêncio em Castillo de Castellar

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No alto de uma colina na província de Cádiz, as muralhas centenárias do Castillo de Castellar escondem no seu interior um segredo precioso. Lá dentro, o mundo moderno dissolve-se; o silêncio convida à contemplação e a uma linguagem feita de olhares e toques: ali, as palavras não fazem falta.

 

Construído no século XIII pelos mouros, o castelo ergue-se sobre a albufeira de Guadarranque, oferecendo uma vista extasiante que se estende até ao Estreito de Gibraltar. Hoje, longe da sua função defensiva, o interior da fortaleza está transformado num pequeno reduto de tranquilidade. Casinhas brancas recuperadas com esmero, fachadas com vasos coloridos, pérgulas e trepadeiras, lojinhas e ateliers de artesanato, portadas de madeira e portões de ferro forjado; e muitas, muitas flores por todo o lado.

Bem escondido, há um lugar especial à nossa espera: o “Balcón de los Amorosos”. Um varandim-miradouro sobre a paisagem, de onde o olhar se perde na imensidão da albufeira e das serranias que a cercam. Diz-se que quem ali troca um beijo sela o amor com a mesma força com que estas muralhas resistiram ao tempo. Verdade ou invenção? Só há mesmo uma maneira de saber…

Fiquem a saber mais sobre Castillo de Castellar e os pueblos blancos neste post.

 

Passear de mãos dadas nas ruas de Deià

Despontando entre a imensidão da Serra de Tramuntana e o azul sereno do mar que banha Maiorca, Deià é uma dessas aldeias que parecem ter sido desenhadas de propósito para o romantismo. Refúgio de pedra dourada em encostas onde as árvores dominam, palco de histórias de amor mais ou menos tumultuosas, e muitas vezes abrigo de VIPs em fuga de olhares indiscretos, Deià tem o charme dos lugares em que o luxo é apenas intuído, nunca ostentado.

 

Casas rústicas com fachadas cor de mel, encaixadas como um puzzle, janelas e varandas onde as buganvílias e os gerânios parecem acenos coloridos, no ar um perfume a citrinos, oliveiras centenárias e ciprestes. O som dos passos ressoa suavemente nas ruas empedradas. Percorrer Deià de mãos dadas é uma experiência partilhada de encanto e serenidade, quando os sentidos despertam para os pequenos detalhes.

 

Esta pequena jóia maiorquina sempre atraiu almas sonhadoras. Artistas, escritores e músicos encontraram aqui a sua musa, inspirados pelo silêncio e pela paisagem em redor. O poeta e escritor Robert Graves, que escolheu Deià para viver e criar, dizia que este era um lugar onde a alma se sente em casa. Pela região andaram também Chopin e George Sand: a Serra de Tramuntana assistiu ao seu amor atribulado e inspirou algumas das peças mais melancólicas e sublimes do compositor.

 

No cimo da aldeia, a Igreja de São João é sentinela de guarda a um dos miradouros mais belos da ilha. Lá do alto, os olhos demoram-se sobre o verde dos socalcos desdobrando-se ao encontro do seu par perfeito, o azul sem fim do Mar das Baleares. A natureza é sempre o melhor dos mestres. Em Deià, ela ensina-nos que não temos de procurar a nossa alma gémea. O amor nasce, isso sim, quando encontramos alguém que nos complementa.

 

Esperar pelo pôr-do-sol em Puebla de Sanabria

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Bem pertinho de nós, mesmo ao virar da fronteira transmontana, rodeada por vales verdejantes e guardada por muralhas de pedra, Puebla de Sanabria tem jeitos de sentinela do tempo. Esta vila medieval, uma das mais bonitas de Castela e Leão, mantém intacto o seu encanto antigo, feito de ruas irregulares e casas senhoriais que murmuram histórias de outros séculos. No centro histórico, a pedra rodeia-nos: no chão, nas paredes, nas pracetas, na igreja, no castelo. As casas têm beirais largos e varandins de madeira onde florescem sardinheiras. Puro bilhete-postal!

 

No coração da vila, o Castelo dos Condes de Benavente, do século XV, domina a paisagem. Das suas muralhas, o olhar alcança quilómetros de montanhas e bosques, enquanto o rio Tera serpenteia lá em baixo. A poucos passos dali, a Igreja de Santa María del Azogue, com a sua torre robusta e interior gótico, reforça o carácter histórico deste lugar, onde o passado encobre o presente.

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Para os que procuram o pano de fundo perfeito para um momento inesquecível no final do dia, basta avançar uns quilómetros até ao Lago de Sanabria. É o maior lago de origem glaciar da Península Ibérica, e um dos lugares mais fascinantes da região. À medida que o sol desce, a superfície da água transforma-se num espelho que reflecte os tons dourados e lilases do céu. As colinas em volta tingem-se de laranja, e as árvores à beira do lago desenham silhuetas escuras contra a luz que se esvai.

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Há momentos que ficam para a vida. Apreciar o deslumbramento de um pôr-do-sol ao lado de alguém que nos é querido pode parecer romantismo bafiento para alguns. Mas isso é só porque nunca experimentaram.

 

Preferem uma escapadinha em Portugal? Então espreitem este post:

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